A inteligencia emocional é uma das inteligências múltiplas que temos. É a nossa habilidade de lidar com as situações, ajustando nossa resposta, e interpretando as nossas reações emocionais. Essa é uma área de estudos muito ampla para quem trabalha com desenvolvimento humano, terapias e recursos humanos. Ainda mais depois que a palavra "resiliência" virou uma das queridinhas dos departamentos de RH e do mundo corporativo como um todo.
Ser emocionalmente inteligente, não significa que você irá dominar 100% as suas emoções, que irá responder ao mundo roboticamente. Significa que você se autoconhece, e que através desse autoconhecimento sabe quais gatilhos e reações evitar em cada situação, e quais mergulhar em cada momento.
Há experimentos clássicos que comprovam que pessoas com maior domínio da suas pulsões, conseguem mais sucesso em todas às áreas da vida. E fica bem claro na publicação de Daniel Goleman, intitulada "inteligência emocional" (inclusive publicação que populariza o termo), esses inúmeros experimentos e também a capacidade humana de se desenvolver emocionalmente. Logo, se é possível desenvolver é uma competência.
Também no livro "O jeito Harvard de ser feliz" de Shaw Achor, há muitas comprovações de que além de nos desenvolvermos emocionalmente, se focarmos nos aspectos positivos, teremos mais felicidade. Logo, a felicidade também parece ser uma competência. Nesse livro, ele cita um experimento com algumas pessoas, que resulta no que ele chama de efeito tétris. Algumas pessoas passam várias horas jogando aquele jogo de bloquinhos que se encaixam, o tétris (se você não sabe o que é o jogo clique aqui.), e depois quando saem ao mundo começam enxergar nos prédios, e mobiliário urbano também as formas que se encaixam e ficam pensando nesses encaixes.
Isso tudo é para exemplificar que nossa mente fica onde a colocamos, onde por vontade própria ou por permissão à deixamos ficar. E o mesmo acontecerá com nossas emoções. Se eu quero ser mais resiliente, preciso buscar atividades, treinamentos e oportunidades de ser mais resiliente. E toda vez que eu me antecipo a esse desenvolvimento, reduzo a carga de sofrimento da experiência, pois o faço por vontade própria. Se uma experiência acontece sem que eu esteja preparado a probabilidade de eu responder de forma equivocada a ela é maior, pois pode ser que eu não esteja emocionalmente preparado para este momento.
Por tudo que falei, e mais uma série de artigos, pesquisa e e livros que li, e também pela experiência com meus clientes e alunos é que posso afirmar: Sim, inteligência emocional é uma competência e é possível desenvolver. O primeiro passo é estar disponível e querer!